sábado, 16 de março de 2013

Zunido (a crônica de um minuto e meio)


Matei. Em um segundo; e com um movimento rápido e preciso; livrei-me do animal que tanto asco e chateação me causava. Jaz a mosca no chão da sala, e um silêncio toma conta da madrugada.
Só. A distração que repousa moribunda no assoalho deu origem ao constrangedor encontro entre mim e meu ego. Permanecemos por alguns instantes em silêncio até que eu pudesse me repreender:
-Ora, veja só: matou a mosca e agora? Qual o objetivo? Deite e durma, nada mais resta.
Assim vou eliminando os imbróglios sonoros do caminho, ainda que não saiba muito bem lidar com o silêncio.

Um comentário:

Anônimo disse...

Genial! ;)