quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Em alto-relevo


Abro meu mundo,
te trago,
te bebo, te beijo e te deixo entrar.
Decifro em mim mil vezes seu nome em alto-relevo,
gritando em cada extremo do meu corpo
que sou sua.
Procuro melhor,
verifico cada cicatriz deixada pela vida,
seu nome não marca meu corpo.
Seu nome marca minh'alma.
Em um relevo tão expressivo que se manifesta como se assim o fosse.
No fundo não te deixo entrar,
na verdade eu não quero te deixar sair.
Minha pele te prende em mim,
te segura e te contém,
e te acolhe, e te percebe.
Tão presente quanto ausente,
tão frio quanto quente,
tão meu quanto do mundo.
E seu.
E meu mundo escancarado pro que vem de fora,
e fechado egoistamente para o que está dentro,
para que dele nada escape,
e dentro dele você.
Gritando em alto-relevo que sou sua.

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